Defeitos ou talentos? Em qual dos pólos devemos nos apoiar para nosso desenvolvimento pessoal? Inúmeros testes, pesquisas e até em entrevistas de emprego usam as perguntas “Qual a sua maior fraqueza?” Ou “Qual o seu maior defeito?”. Cá entre nós, “Não é da sua conta!”, mas obviamente que não podemos responder assim. Essa não é uma pergunta que pessoas bem educadas devem fazer a um estranho!
Aqui estão alguns motivos pelos quais essas perguntas são absurdas:
- O entrevistador não é meu terapeuta.
- É uma covardia fazer uma pergunta tão pessoal sobre minhas fraquezas sem que o entrevistador me diga as suas só porque ele se encontra em uma posição de poder sobre meu futuro – digo mais – não está não! EU tenho poder sobre meu futuro!
- Encarar defeitos ou dedicar-se aos talentos é uma opção de como encarar a vida. Todos nós somos perfeitamente equipados com as qualidades necessárias para enfrentarmos nossa missão de vida. Cada um encara com as ferramentas que possui.
- Mesmo que eu me dedique a aprender algo que ainda não sei ou a aprimorar alguma característica minha, eu ainda terei milhares de coisas nas quais não serei bom. Por quê algumas dessas coisas são fraquezas ou defeitos e outras não? Se me interesso por algum assunto que não faço bem, eu vou aprender e melhorar. Se não me interessa, não vou.
- Existem formas melhores de avaliar o nível de auto-conhecimento de um candidato a um emprego do que fazer essa pergunta.
Dando ênfase aos nossos pontos fortes e administrando nossas fraquezas conseguimos replicar o sucesso para atingir níveis de excelência mais altos e ainda mais frequentes. Corrigir fraquezas previne o fracasso, mas desenvolver nossos talentos em pontos fortes é o que leva ao sucesso.
Como já disse Donald Clifton: “Sua melhor aposta para o sucesso está em aprimorar quem você já é, e não tentar ser outra pessoa.”
Isso já foi comprovado através de inúmeras pesquisas quantitativas realizadas pelo Instituto Gallup. Quando as pessoas têm a oportunidade de se dedicar aos seus Talentos e Pontos Fortes no seu dia-a-dia elas atingem números impressionantes:
- 15% mais engajadas com chance de serem seis vezes mais engajadas como um todo
- 19% mais eficazes em vendas
- 29% mais lucrativas
- 21% mais produtivos
- 65% menos rotatividade
- 10% mais engajamento dos clientes
- 59% menos acidentes de trabalho
Então, se te fizerem essa pergunta em uma entrevista você tem duas opções: sair da sala ou ter uma resposta pronta para não ser pego de surpresa. Aqui estão algumas idéias para driblar essa pergunta ofensiva e inútil. Adapte para o seu caso…
Qual a sua maior fraqueza?
Brigadeiro e doce de leite! E você?
Qual a sua maior fraqueza?
Tem milhares de coisas que não faço bem, e que nunca farei bem, como jogar golf ou consertar um carro, então me esforço para me envolver em situações e atividades que faço bem e amo fazer como dar aulas, ser coach e dublador.
Qual a sua maior fraqueza?
No momento estou aprendendo a usar recursos avançados do Excel, coisa que nunca havia aprendido. Já usei planilhas de forma esporádica, mas nunca entendi todas as funções e possibilidades. Então resolvi aprender uma série de funções que serão muito úteis no meu próximo projeto.
Qual a sua maior fraqueza?
Quando eu era jovem, era obcecado com minhas fraquezas. Fiz cursos, li vários livros e tentei corrigir o que considerava defeitos. Agora eu me dedico a melhorar ainda mais as coisas que sei que faço bem e a desenvolver meus talentos naturais como ouvir as pessoas e ajudá-las a gerar alternativas criativas e estratégicas. Dedico menos energia às coisas que não faço bem como desenhar e dançar.
Qual a sua maior fraqueza?
Sou fascinado por problemas complexos e histórias de vida. Às vezes me envolvo tanto no processo de descoberta que preciso me forçar a parar. Não tenha dúvida que quando um enigma chama minha atenção, eu vou voltar a ele assim que o tempo permitir para gerar todas as alternativas possíveis.
Todos somos bons executando algumas atividades e muito ruins em um monte de outras coisas – incluindo milhões de atividades que nunca nem tentamos fazer. Então devemos nos perguntar: Por que devemos nos preocupar com as coisas que não fazemos bem?
É fundamental encontrar soluções para nossas deficiências, mas elas não estão necessariamente em nós mesmos. Podem estar em pessoas que escolhemos para estarem ao nosso lado, caminhando juntas! Podemos criar equipes de sucesso no trabalho, na família e até no amor.
Sensacional e libertador!